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Conheça o Joimp: O projeto de pesquisa voltado para Jornalismo, Mídia e Memória de Imperatriz

Por Luziel Carvalho

Surgido em 2016, o JOIMP é um dos projetos formados a partir do grupo de pesquisa Jornalismo, Mídia e Memória no curso de Comunicação Social – Jornalismo (UFMA – Imperatriz). Entre os atributos do projeto está digitalizar e disponibilizar um acervo da produção jornalística local e nacional para pesquisas, principalmente de jornais mais antigos.

A coordenadora do grupo é a professora doutora em Comunicação Roseane Arcanjo diz que o grupo foca na valorização da história local:“ ao valorizar o trabalho jornalístico e a trajetória de profissionais estamos valorizando também a história e o cotidiano de Imperatriz, seus grupos sociais e as mudanças atravessadas pela cidade”, diz.

O grupo, além da participação em eventos, publica periódicos, livros, documentários, trabalhos científicos e contribui diretamente no contato dos acadêmicos com a pesquisa e práticas jornalísticas. Em 2013 realizou uma exposição, “80 anos de Jornalismo em Imperatriz” usando como material seu próprio acervo. Dois livros em formato digital já foram publicados como resultados de pesquisa realizadas, Jornalismo, Mídia e Sociedade: as experiências na Região Tocantina (2016) e Comunicação, Jornalismo e Memória: estudos regionais (2018), ambos envolvem trabalhos de acadêmicos, docentes e colaboradores. Entre os organizadores das duas obras, além da coordenadora do projeto, estão Domingos de Almeida, Nayane Brito, Rodrigo Reis e Thays Assunção. Está previsto para o segundo semestre de 2019 o lançamento de um terceiro e-book, em que serão trabalhados perfis e entrevistas com jornalistas da região.

Digitalizar antigos jornais é uma das ações do grupo

“A sensação ao ver o artigo publicado foi a de dever cumprido. Uma satisfação enorme. Um sentimento de reconhecimento, ao ver meu trabalho disponível para o mundo todo. Contribuiu muito na minha experiência. O JOIMP me deu a oportunidade de aprender e conhecer inclusive mais sobre a história de Imperatriz, além de me ajudar a decidir sobre meu trabalho de conclusão de curso”, diz Margaret Valente, estudante formada em Jornalismo com artigo publicado no primeiro e-book em colaboração com outros membros do JOIMP.

O projeto mantém um site, em que é possível ter acesso a todo o acervo já digitalizado, agrupando mais de 20 títulos e dezenas de exemplares de jornais da década de 1930 a 2014, além de notícias geralmente relacionadas aos temas trabalhados. Também é possível fazer o download de outros materiais organizados pelo grupo de pesquisa como a catalogação do acervo e conhecer mais sobre o projeto e seus participantes. O site por permitir uma abrangência e acessibilidade maior do público aos trabalhos do JOIMP hoje é o principal veículo de difusão e massificação utilizado.

“É importante porque disponibilizamos para a comunidade recortes de histórias que foram apreendidas do contexto real. Além disso, o projeto está cumprindo uma função tácita que é entender a atuação da universidade para a comunidade. Devolver em forma de ação o investimento que é feito pela população para manter a instituição funcionando”, reflete Domingos de Almeida, doutorando em Mídia e Cotidiano pela Universidade Federal Fluminense, participante e colaborador desde 2017.

Atualmente estudam as coberturas realizadas pelos jornais Capital, Correio e Nossa Voz, pesquisas que envolvem a memória do jornalismo local, práticas comunicacionais da sociedade civil e redes sociais. Para os interessados em participar do JOIMP, a seleção para novos integrantes só ocorrerá em 2020 e o número de vagas ofertadas depende do tipo de pesquisas e projetos que estão sendo realizados. O projeto possui colaboradores que vão de graduandos a estudantes doutorandos, incluindo o corpo docente do curso, já que se pretende promover o enriquecimento das pesquisas por meio da troca de experiências entre os diferentes níveis.

“A participação no JOIMP faz com que eu leia mais sobre as teorias que envolvem a comunicação e ao mesmo tempo permite que eu coloque essas teorias em prática nas pesquisas realizadas no grupo. Assim agrego conhecimento, e isso, enriquece o meu aprendizado acadêmico”, relata Patrícia da Silva estudante acadêmica do 4º período de Jornalismo. Para ela, o JOIMP tem uma função social que ultrapassa a universidade, já que colabora com registros importantes da história jornalística da região tocantina e possibilita pesquisas em outras áreas além da comunicação. Domingos complementa, dizendo que “participar de grupos de pesquisa é fundamental para a formação de qualquer profissional, considerando que nossa atividade perpassa pelo contato direto com a realidade exterior à universidade. Isso amplia nossos horizontes e nossa capacidade de reflexão crítica”.

O JOIMP está aberto a doações de exemplares, e essa prática é necessária para que o projeto consiga reunir e resgatar historicamente o máximo de toda a produção jornalística local e nacional, sejam de jornais, revistas e quaisquer objetos que ajudem a compreender as dinâmicas práticas jornalísticas, salienta a coordenadora. Portanto, todos que acumulam material de épocas mais antigas ou mais recentes podem preservá-los doando esse material, na certeza de que estarão contribuindo para pesquisas e estudos que abrangem diversas áreas. “O passado tem um valor inestimável, sendo o direito à memória uma conquista da sociedade. Sem um olhar crítico para esse passado não conhecemos nossa sociedade e não saberemos aperfeiçoá-la”, finaliza Roseane.

 

 

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