in

“Enfermeiros do Riso” da UFMA completa 10 anos levando alegria às crianças do Hospital Municipal de Imperatriz

Por João Pedro Santos e Gabriela Magalhães

Inspirado na metodologia do médico norte-americano Patch Adams no tratamento de enfermos, que diz que o riso é o melhor remédio, o projeto de extensão Enfermeiros do Riso, do curso de Enfermagem, da Universidade Federal do Maranhão, campus de Imperatriz, completa dez anos de criação. O projeto tem o objetivo contribuir com a recuperação das crianças que estão internadas no hospital infantil da cidade, por meio de palestras e atividades recreativas.

Além das visitas aos hospitais, os alunos também dão palestras educativas sobre temas diversos sobre higiene oral, higiene corporal, cuidados com o corpo em geral, hábitos saudáveis de vida entre outros, sempre mediados pela Ludoterapia, cromoterapia, risoterapia, teatroterapia, e musicoterapia.Para não perder o caráter lúdico da visita, os temas são abordados em forma de peças.Os alunos se caracterizam-se com indumentária que proponha o riso e a descontração, como nariz de palhaço, peruca, pintura no rosto, fantasias, acessórios coloridos. As ações desenvolvidas resume em contar histórias, cantar, encher balões e criar objetos e animais com os mesmos, desenhar e pintar, ou simplesmente brincar.

O projeto é coordenado pela professora do curso de Enfermagem, campus de Imperatriz, FloriacyStabnow, e executado por 2 alunos bolsistas de extensão e cerca de 20 alunos voluntários. A professora teve a iniciativa de criar o projeto, que além de promover a integração dos alunos do curso de Enfermagem com o ambiente hospitalar, realiza atividades lúdicas e educativas para as crianças internadas no hospital.

Para a professora Floriacy o riso pode ajudar e funciona como estratégia de humanização hospitalar, entre profissionais e pacientes, e como forma de enfrentamento. “O ambiente hospitalar é por muitas vezes associado por crianças e adultos como um lugar que traz sofrimento, dor física, angústia, ansiedade, tensão familiar entre outros. Quando essa criança é tirada do seu meio social, familiar e ausência escolar, ela perde a rotina dela, perde os amigos, o aconchego da família, de sua casa, tendo que permanecer em um quarto onde ela é privada de brincar e isso tudo funciona como um estressor para ela, e para os acompanhantes. A hospitalização prolongada acaba por ter que fazer essa criança confiar em pessoas estranhas como médicos, enfermeiros e técnicos, e faz com que ela tenha que se adaptar a novos horários. Tudo isso afeta o psicológico e o emocional dos pais como acompanhantes e dos filhos”, destaca.

A professora ainda acrescenta que a reação das crianças, de seus pais e da direção do hospital ao receber o projeto. “Elas ficam muito felizes e ansiosas pelas ações, os pais sempre participam das ações, e procuram estar cientes dos horários em que estamos trabalhando dentro do hospital. As crianças são bastante receptivas a tudo que lhes é proposto, ficam animadas com as atividades, dão muita risada, fazem amizades, os pais e as crianças tem a oportunidade de falar o que estão sentindo, são ouvidos, compreendidos, e por muitas vezes até esquecem que estão num ambiente hospitalar. Costumamos trabalhar de acordo com a necessidade de cada criança, e suas limitações, para que todos possam participar”, declara.

O projeto foi implantado em 2007. Durante às terças-feiras e sextas-feiras a na parte da tarde os participantes fazem a visita com as crianças doentes no hospitais. Os futuros enfermeiros vão vestidos de palhaços e encantam as crianças com histórias e brincadeiras.

A acadêmica de Enfermagem Layne Lucena Barbosa Lopes, com quase três anos que participa do projeto, fala da importância e como é trabalhar com esse público. “Ele ajuda a gente na formação, tanto como acadêmico, como profissional, onde nos deparamos com varias situações diferentes. Ajuda a gente incentiva a pesquisar, incentiva a estudar, para poder ta sempre preparando o material ou uma forma de realizar as ações que possam abranger todos os públicos e também que possam levar para eles um conhecimento”, afirma.

Ela também fala de como esse processo pode ajudar o público. “Porque dentro do projeto, a gente trabalha educação e saúde, e com questões de desenvolvimento motor, como a pintura. Então a gente sempre vem trabalhando esse tipo de coisa com relação ao desenvolvimento deles, psicossocial, como também por exemplo a aplicação do brinquedo terapêutico”, explica.

Além do trabalho no hospital, o projeto faz atividades em outros locais. Atendem apedidos de profissionais da área da saúde para fazer palestras, educação em saúde, participar de ações em saúde, e atendimento à população.

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Eleições impulsionam postagens de jornais no Facebook, aponta pesquisa realizada na UFMA 

Pesquisa aborda sobre a falta da História da África nos livros didáticos