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Família e igreja influenciam na escolha do Jornalismo como profissão em Imperatriz, aponta pesquisa

Primeira turma de Jornalismo na UFMA

Por Gabriela Almeida e Yanna Duarte

Bem distante das piadas e do senso comum de que pais não querem filhos jornalistas, um estudo realizado pelo Grupo de Pesquisa em Comunicação e Cibercultura (GCiber), na UFMA de Imperatriz mostra que a família e a igreja são grandes influenciadores na decisão por cursar Jornalismo em Imperatriz. Os dois agentes estão nas falas dos entrevistados de um estudo qualitativo que buscou traçar o perfil dos jornalistas da cidade. A pesquisa realizada pela acadêmica Thaynara Leite – bolsista Pibic/Fapema -, sob orientação da professora Thaísa Bueno, é parte dos trabalhos de Iniciação Científica e será apresentado no Semic, nos dias 9 e 10 de outubro, na cidade.

Primeira turma de Jornalismo na UFMA

O objetivo do estudo foi entender como o jornalista que vive e atua na cidade organiza sua carreira, bem como o modo como se informa e enxerga a si e a sua profissão. Sistematicamente o estudo foi dividido em duas grandes categorias norteadoras: um, “Camada social”, que buscou dados sobre família, ensino, crenças, economia e política e depois “Camada individual”, que abordou questões particulares e inerentes a cada indivíduo, incluindo saber como o jornalista vive e suas percepções escolhas, rotinas e seu futuro. “A pesquisa tem como propósito entender o mundo dos jornalistas e a sua satisfação com a carreira por meio do levantamento de informações em que os próprios jornalistas são os sujeitos protagonistas”, comenta a professora Thaísa. Conforme conta no levantamento, compreender o perfil de uma categoria profissional é importante, principalmente o dos jornalistas, já as novas gerações de jornalistas abdicaram do vínculo com o sindicato, o que dificulta muito o trabalho de fiscalização do Ministério do Trabalho e portanto traçar um panorama da categoria.

Entre os achados deste estudo, notou-se que o jornalista acredita  ser importante a graduação na área, embora o diploma não seja necessário para atuação. A pesquisa ainda ressalta que os jornalistas imperatrizenses escolhem a profissão pelo desejo de ajudar as pessoas e por aspirações pessoais que se realizam com a profissão de jornalista. A maioria dos entrevistados pensavam em cursar comunicação e a maioria se sente realizado profissionalmente, ainda que financeiramente muitos ainda estejam desmotivados.

Este levantamento é apenas um primeiro passo do estudo, que deve ser aprofundado, em um desdobramento da pesquisa, com outras entrevistas, no Trabalho de Conclusão de Curso da acadêmica. “A meta é ampliar e aprofundar as questões envolvendo como o jornalista  atua e vê a profissão que escolheu”, comenta.

Pesquisadoras: Thaísa e Thaynara

O estudo que será apresentado no Semic não é a primeira experiência de Thaynara com a pesquisa. Ela participou como voluntária no grupo de pesquisa entre 2017 e 2018, num estudo sobre o uso do WhatsApp na rotina do jornal Correio Popular, em Imperatriz.

Mapeamentos

Este não é o primeiro mapeamento do GCiber. Outros dois estudos já foram realizados pelo grupo na UFMA: o primeiro, assinado pela jornalista Vanessa de Paula mapeou quem eram e como estavam vivendo os egressos do curso de jornalismo da UFMA dez anos depois da formação da primeira turma na cidade (“Quem somos? Perfil do jornalista formado em Comunicação Social – Jornalismo”); e outro, com a professora Jordana Fonseca, que mapeou como atuavam os assessores de Imprensa de Imperatriz (“Carreira e trabalho: quem é o assessor de comunicação em Imperatriz”).

 

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