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Presídios regionais têm inclusão de práticas pedagógicas

Por Thaise Torres

O processo de integração escolar no Brasil surgiu há mais de 500 anos. A educação, tendo como base o aperfeiçoamento do conhecimento dos seres humanos, tem a capacidade de transformar o futuro de quem a possui. Não diferente do processo educacional nas escolas, em Imperatriz, a UPRI-Unidade prisional de ressocialização, tem adotado também o método à população carcerária.

Tendo a educação prisional como tema de estudo monográfico, a pedagoga Ana Priscila Andrade, formada pela UFMA, aprofundou-se na análise sobre a prática pedagógica desenvolvida dentro das unidades.

Qual foi a motivação de pesquisar esse tema?

A motivação surgiu da curiosidade de saber como aconteciam as práticas pedagógicas dos professores que atuam na UPRI 2. Também, porque me chama muito a atenção o fato de a educação ser um meio de transformação de vidas, e a educação no presídio tem um papel transformador.

A partir de quê surgiu a ideia?

Inicialmente eu não sabia que nos presídios de Imperatriz haviam ensino regular, soube através do jornal, onde fizeram uma matéria falando sobre essa forma de ensino, e eu me interessei e comecei a pesquisar.

Em que local a aula é ministrada?

Na UPRI 2, onde foi realizada a pesquisa, existem duas salas de aulas, onde são realizadas as aulas.

Desde quando é executada essa ação nos presídios?

Foi a partir da Constituição Federal Brasileira de 1988, que os detentos passaram a usufruir do direito da educação. Mas foi só em 1998 que as mudanças de punição se transformaram em educação lá dentro.

Os professores relatam sofrer agressões físicas ou verbais por parte desses alunos?

Não, ninguém relatou que sofria agressão. Disseram que tinham um bom relacionamento com os alunos.

Há um acompanhamento de guarda de segurança junto ao professor dentro da sala de aula?

Sim, tem os agentes penitenciários, os acompanhando na sala de aula.

Os alunos possuem qual nível de desempenho?

Níveis de conhecimento distintos. Alguns terminaram o ensino médio, outros não sabem nem ler e escrever, são níveis variados.

Foram notadas algumas melhorias comportamentais dos alunos?

Segundo os professores, infelizmente, a maioria dos alunos só vão pra sala de aula em busca de reduzir sua pena. Poucos são os que realmente querem aprender. Mas, esses que realmente querem alguma coisa, têm uma mudança de comportamento considerável, é perceptível a melhora comportamentos destes alunos.

São notadas também algumas melhorias na sociedade?

O aprendizado, sendo um elemento constitucional, reflete efeitos positivos não só para eles, mas em toda a sociedade, por ser um meio que contribui com a ressocialização deles, estimulando a ética e a moral.

Você quer acrescentar mais alguma coisa?

Sim, nas minhas considerações finais da monografia, tem um apanhado geral sobre o que eu refleti nessa pesquisa:

“A educação é uma ferramenta capaz de transformar a sociedade em ser crítico e reflexivo, por capacitar o modo de pensar. Sendo refletido no comportamento da humanidade, dando respaldo para questionar e elaborar novas ideias.”

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