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Reuniões mediadas pelo computador garantem andamento de pesquisas e reforçam o valor dos encontros presenciais, avalia professor Lucas Reino

Texto: Marina Gama

 

Apesar do momento de distanciamento das atividades acadêmicas presenciais, a tentativa de manter uma rotina de pesquisa tem sido bastante presente entre os pesquisadores da UFMA, campus Imperatriz. Mesmo em meio às dificuldades que surgem com esta problemática, professores e alunos seguem debatendo e compartilhando conhecimentos em reuniões virtuais de grupos de pesquisa. A opção  de reuniões mediadas pelo computador garante o andamento das pesquisas e é uma forma de manter professores e alunos estimulados nos seus estudos, avalia o Profº Dr. Lucas Reino, vice-coordenador do Mestrado em Comunicação da UFMA de Imperatriz.

Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMA – Imperatriz e um dos coordenadores do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Cibercultura (G-Ciber)

 

Nos encontros gerais, que estão acontecendo por meio da plataforma Google Meet, há discussões de textos previamente selecionados e apresentações de pesquisas em andamento, com ponderações dos discentes e orientadores. O profº Lucas acredita que estão conseguindo fazer um bom trabalho, com seriedade, adaptando as atividades com os recursos disponíveis, organizando eventos, bancas e pareceres online. “Estamos retomando as reuniões do grupo de pesquisa, muita reunião por vídeo, e-mail, mensagem, acho que nunca se movimentou tanto o meio acadêmico nessa parte de interações”, afirma ele, pontuando também a importância desse momento para se repensar no valor das atividades presenciais e da pesquisa como um todo.

Na avaliação do professor, a participação dos alunos no grupo de pesquisa é uma atividade agregadora e tem bastante impacto no desenvolvimento dos trabalhos, uma vez que os encontros funcionam a partir desta colaboração. “Eu sugiro aos meus orientandos que participem do grupo de pesquisa”, conta, complementando que acredita ser essa participação uma forma de agregar valor a formação de futuros mestres e pesquisadores.

 

As reuniões online são uma forma de manter a atividade do grupo e o diálogo entre as pesquisas

E o professor não está sozinho nessa reflexão. Alguns alunos buscam formas de participar mais ativamente da vida acadêmica e encontram nos grupos de pesquisa essa resposta. “É ótimo se os estudantes puderem ao menos experimentar o mundo da pesquisa. Conhecer, saber um pouco como funciona”, pontua a estudante do curso de Jornalismo Evellyn Lima, uma das orientandas do profº Lucas e integrante do G-Ciber. Para ela a participação no grupo está sendo importante para aprender coisas novas, sendo um incentivo até para pensar em ingressar em um curso de pós-graduação no futuro.

 

“Gostei bastante do apoio e das dicas do pessoal. É um bom auxílio para desenvolver a pesquisa com mais segurança”, comenta Evellyn sobre o feedbeck do grupo sobre sua pesquisa

Evellyn conta também sobre as discussões feitas nos encontros e como isso tem ajudado na construção de sua pesquisa, elogiando as contribuições já feitas pelos colegas e a disponibilidade em ouvir e levar ideias.

Outro ponto reforçado nas reuniões do grupo é a importância na participação de eventos, não apenas os organizados na própria instituição, como o Simpósio de Comunicação da Região Tocantina – Simcom, mas também os que dialogam com os estudos desenvolvidos. Quanto a isso o professor Lucas afirma: “eu recomendo que ela estude onde estão os autores que são referência e vá nesses”, pontuando principalmente aos estudantes de pós-graduação que ulitizem o período do curso para se aproximarem e conhecerem mais o tema que propõem estudar.

 

O que o professor está pesquisando hoje

Um dos estudos em desenvolvimento pelo grupo de pesquisa em Comunicação e Cibercutura (Gciber), que o professor integra, investiga as mudanças que os títulos jornalísticos em língua portuguesa vem sofrendo. O professor deseja fazer um estudo comparado entre títulos de veículos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Macau, Timor Leste, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, escolhendo dois jornais de cada país. “Em cada um dos títulos eu vou analisar diversas coisas, de forma a conteúdo, recursos e outros pontos ainda em análise.Eu estou aproveitando para aprender a usar programas de Pesquisa Qualitativa, estou testando o Iramuteq e o Atlas Ti. Para ajudar nas análises e aprender também”, conta, informando que os questionamentos sobre os títulos e sua importância para o jornalismo já resultaram em outras pesquisas, realizadas em conjunto com a profª Dra. Thaisa Bueno. “Eu e a Thaísa estamos há alguns anos pesquisando títulos, começamos com ganhos jornalístico, depois sobre diferenças do online pro título offline, seguimos olhando para caça-cliques e, por último, ainda não publicado, sobre o uso da oralidade nos títulos”, afirma o professor.

Para ele, os títulos são o que atraem o leitor para a notícia, ganhando muito mais força com o uso das redes sociais digitais. Isso reforça a importância de voltar o olhar para este elemento, bem como para os possíveis problemas que surgem como as notícias caça-cliques e as fake news.

O Grupo também atua separando os jornais para análise e ajudando na construção da pesquisa para finalizar em um prazo determinado. “Eu cadastrei a pesquisa sobre títulos em 2 anos, meu objetivo é ao fim criar um banco de dados de títulos, de referência e de biblioteca de pesquisas”, afirma o profº Lucas.

 

Para saber mais sobre as pesquisas desenvolvidas, acesse:

Lucas Reino – http://lattes.cnpq.br/5487269670962081

Evellyn Lima – http://lattes.cnpq.br/3331847935697442

G-Ciber – http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/3805043502066073

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